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Quando estudamos as obras dos grandes artistas do nosso planeta, podemos fazer certos comentários que valem para muito delas. Um comentário simples: os nossos conhecidos grandes artistas sempre acabam criando algo "diferente". Explico: quando entramos um contato com uma obra canônica sentimos um traço peculiar, uma combinação ímpar de acordes, uma certa maneira de colorir que se distanciam de modelos acadêmicos, normas convencionas, etc. Há certa beleza nos traços das figuras humanas (e das coisas da natureza também) de Leonardo da Vinci que sobressai aos olhos e afasta este pintor dos modelos convencionais de pintura de sua época. Digo o mesmo para o perfil melódico das obras de Mozart, algo como sua identidade melódica (o mesmo das sinfonias de Sibelius, mas aí vale um post somente para ele!). Esta identidade artística - até certo ponto fácil de notar - se mostra difícil de descrever (aliás como é difícil escrever sobre arte, traduzir sensações artísticas!). Esta identidade é fruto da mente do artista, daquilo que ele conseguiu sintetizar de conhecimento, técnica e sentimento. Colocar tudo isso numa obra é retirar dele mesmo um pedaço desta identidade e, a partir disso, poderíamos afirmar o seguinte: quanto mais um artista avança no campo de sua atuação mais ele deixa uma obra particular. O traço de Leonardo é um milagre artístico porque é uma síntese de um ser com uma mente extremamente avançada no campo da Arte - é isso torna seu traçado extremamente específico, e consequentemente difícil de se copiar (os que tentaram obtiveram maus resultados).
É muito tempo de trabalho e dedicação em uma área. A singularidade vem da síntese. (LV)