terça-feira, 17 de agosto de 2010

A arte está nos olhos de quem vê!


Nossa vida está cada vez mais agitada, fazemos diversas coisas ao mesmo tempo e ao longo de tantas atividades não paramos para olhar as pequenas coisas da vida.

A arte está em conseguir perceber a beleza no caos, conseguir enxergar no dia-a-dia algo bonito que possa ser destacado!!

O artista tem a missão de ter uma visão além, e perceber o mundo de uma forma diferente e assim, um fato banal se torna uma obra de arte....


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sinfonia de Palavras

Voltando a escrever, após dois meses!
Muito mais sensível pela arte das palavras, busco em textos famosos uma inspiração para me aperfeiçoar mais neste campo. Já pensou num curso que ensinasse vc a escrever, alinhavando as suas próprias idéias? Ou seja, escrever expressando o que vc tem mais de particular. Pois é, isso seria demais. Existe uma relação íntima entre organizar palavras e organizar pensamentos. Ou dizendo de outra forma, um texto é uma tentativa de congelar o fluxo contínuo e ininterrupto que é o nosso pensamento. Para se aproximar mais desse universo, é preciso - antes de tudo - se chegar mais perto das "palavras". Como pode essas unidades mínimas serem tão expressivas, capazes de carregar em si significados múltiplos? Mais ainda, ao se unirem umas as outras, elas geram milhares de campos magnéticos que pulsam ao nosso redor. E o que dizer da musicalidade de cada palavra? De cada vogal ou consoante? Da união das mesmas? Temos música quando falamos e nem nos damos conta disso. Adiciona-se ainda a expressão da fala quando "recitamos" um conjunto de palavras e temos - por que não? - uma sinfonia! É exatamente isso que acho ser uma poesia bem feita: uma sinfonia de palavras. O que pode ser mais interessante é que as palavras acompanharão nossa vida - até o final. Iremos com a idade, conhecendo novas palavras, utilizando-as melhor. Mas vc já imaginou o que é uma mente de um poeta, que vive uma vida inteira em torno das palavras? O pensamento dele é uma poesia constante que dá uma pequena parada quando é colocado em palavras...Para mim, Goethe.



sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ordenar o caos interno







Como é fácil falar de comunicação e arte de forma idealizada, despersonalizada...ou seja sem abarcar as enormes dificuldades que envolvem tanto o fazer da comunicação com o da arte. Sim, vivemos num meio social e estas duas esferas do do conhecimento são realizadas com qualquer outro trabalho: num espaço, com tempo marcado e com pessoas. Com pessoas...está e parte mais difícil de todas...A arte pode ser a relação do artista com o seu instrumento (quadro, papel, violino, filmadora) mas não adianta fugir do mundo das relações. A comunicação em si nasce das relações das pessoas e arte também tem como necessidade fundamental comunicar algo. A dificuldade de se relacionar com o outro está no sentimento. Muitos artistas colocaram esta questão do relacionamento humano em seus trabalho (me vem a mente os filmes de Bergman, que sempre mostram as barreiras e muros entre as pessoas). Os conflitos que nascem do relacionamento podem ser muitas vezes vistos nos cinemas, mas é difícil encontrar propostas de superação dos conflitos. Escrever é tentar suavizar conflitos, pintar talvez seja retirar de si os "monstros" adormecidos, compor: ordenar o caos interno. Ainda que hoje a arte já é entendida de novas maneiras não encontramos novas propostas de uma reorganização do ser a partir da arte.
Me lembro de Beethoven, que tinha enormes problemas de relacionamento, no auge de sua crise interior - devido a uma surdez irrecuperável - quis colocar fim a sua vida. O seu motivo de apego a vida foi justamente criar suas composições. Há muitas pessoas que acham que a arte tem a ver somente com o belo, com a beleza, com a harmonias das formas, das cores e dos sons (algo como a beleza da natureza). Desconhecem uma sinfonia de Mahler (LV).




terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um novo aprender

Quando pensamos numa educação musical nos dias de hoje é claro que encontramos enormes problemas. Para quem teve uma educação musical de conservatório, escola de música ou universidade, ao pensar hoje como deveríamos ser educados encontramos enormes questões abertas. Primeiro, o que aprendemos na faculdade é pura teoria: contraponto, fuga, harmonia. Matérias teóricas que são fundamentais (como todas as teorias) mas que se perdem em questões filosóficas sem uma utilidade prática. Como gostaria de aplicar nos arranjos musicas de hoje a complexidade de harmonias do século XX que tive por tantos anos, ou mesmo ser capaz de escrever uma composição com a base teórica do contraponto. Mas o que aconteceu? Por que minha memória não me acude nestas horas, por que me parece que o que eu aprendi está desalojado de mim mesmo, não ficando incorporado em meu conhecimento atual?
Existem inúmeras respostas para estas questões. Talvez porque sempre gostamos de dar saltos, de pular a simplicidade, de abarcar grandes questões...e por aí vai. Ou seja o caminho para a educação tem que ser refeito, ou melhor reaprendido. Aprender tem que ser algo vivo, com frescor e brilho, algo que se retenha na memória e seja capaz de se conectar com outras coisas que aprendemos. Algo leve e simples, mas profundo ao mesmo tempo. Algo que não tenha a arrogância tão típica do conhecimento materialista acadêmico. Aprender com sentimento de alegria, com a certeza de que construímos passo a passo, com a segurança de ter aprendido as primeiras lições. Que esse novo aprender retire o medo de se expressar nossos pensamentos, que nos faça mais donos das nossas opiniões, mais seguros de sermos nós mesmos. Ou seja, que possamos comunicar o que temos que é só nosso. Vivemos esse momento de uma novo aprender: como uma brisa que vem do mar e traz uma nova esperança para os nossos corações. (LV)



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Exemplo

De acordo com a postagem abaixo. Um exemplo da arte da escrita...e que escrita...

Julga-me a gente toda por perdido,
Vendo-me tão entregue a meu cuidado,
Andar sempre dos homens apartado
E dos tratos humanos esquecido.

Mas eu, que tenho o mundo conhecido,
E quase que sobre ele ando dobrado,
Tenho por baixo, rústico, enganado
Quem não é com meu mal engrandecido.

Vá revolvendo a terra, o mar e o vento,
Busque riquezas, honras a outra gente,
Vencendo ferro, fogo, frio e calma;

Que eu só em humilde estado me contento
De trazer esculpido eternamente
Vosso fermoso gesto dentro na alma.

Luís de Camões

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A arte da escrita


Confesso que não sou a pessoa adequada para falar da arte da escrita, escrever ainda não é algo simples para mim, porém a cada dia busco dedicar-me a escrita e aperfeiçoar meus conhecimentos.
Escrever é comunicar-se, usando as palavras corretas para expressar aquilo que sentimos. Quando escrevemos colocamos no papel nossas idéias e um pouco de nós. A escrita deve ser eficiente, deve passar a informação desejada de forma clara e objetiva.
A escrita é uma arte, é um ato de extrema criatividade. Escolher cada palavra e compô-las na melhor maneira é um trabalho árduo e que requer muita dedicação.
Para se escrever bem, há somente um caminho: PRATICAR! Escrever diariamente fará com que você aprenda como se expressar!!
Ler, aprender, pesquisar, praticar e praticar.... Entenda a arte da escrita!!
Escrever bem só depende de você! (BC)


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Identidade Artística


Quando estudamos as obras dos grandes artistas do nosso planeta, podemos fazer certos comentários que valem para muito delas. Um comentário simples: os nossos conhecidos grandes artistas sempre acabam criando algo "diferente". Explico: quando entramos um contato com uma obra canônica sentimos um traço peculiar, uma combinação ímpar de acordes, uma certa maneira de colorir que se distanciam de modelos acadêmicos, normas convencionas, etc. Há certa beleza nos traços das figuras humanas (e das coisas da natureza também) de Leonardo da Vinci que sobressai aos olhos e afasta este pintor dos modelos convencionais de pintura de sua época. Digo o mesmo para o perfil melódico das obras de Mozart, algo como sua identidade melódica (o mesmo das sinfonias de Sibelius, mas aí vale um post somente para ele!). Esta identidade artística - até certo ponto fácil de notar - se mostra difícil de descrever (aliás como é difícil escrever sobre arte, traduzir sensações artísticas!). Esta identidade é fruto da mente do artista, daquilo que ele conseguiu sintetizar de conhecimento, técnica e sentimento. Colocar tudo isso numa obra é retirar dele mesmo um pedaço desta identidade e, a partir disso, poderíamos afirmar o seguinte: quanto mais um artista avança no campo de sua atuação mais ele deixa uma obra particular. O traço de Leonardo é um milagre artístico porque é uma síntese de um ser com uma mente extremamente avançada no campo da Arte - é isso torna seu traçado extremamente específico, e consequentemente difícil de se copiar (os que tentaram obtiveram maus resultados).

É muito tempo de trabalho e dedicação em uma área. A singularidade vem da síntese. (LV)